Páginas

terça-feira, 12 de julho de 2011

Batalha dos Sentimentos

Os que vivem na comunhão com Deus em meio aos homens, trazem sempre no seu corpo as marcas de Cristo. 
Gálatas 6. 17
Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.
Sofrer não é uma opção dos mártires, mas é um estado de vida humana após a queda. Ou seja, tanto ímpios, como cristãos padecem sofrimentos, a grande diferença entre eles está na razão subjetiva e objetiva ético-moral. Um sofre em conseqüência às suas injustiças o outro por amar a justiça. Um está na maldição, o outro enfrenta, um vive sofrendo o outro enfrenta os sofrimentos.
Antes da transformação em Cristo, a objetividade humana é guiada pela subjetividade estético-racional. Ou seja, o sofrimento é causado pelo desejo insaciável ao prazer físico, ao belo, ao aparente, ao perecível. Estes objetivos demonstram subjetividade desequilibradas, céticas, materialistas. Para estes estetas o prazer físico é o bem maior.
A regeneração em Jesus Cristo, no entanto, promove vida espiritual, fazendo da subjetividade humana a sede de um Reino de fé, sabedoria e moral. O físico ainda existe, e a estética também, mas a prioridade máxima é a ética, a moral. E isso porque é bem claro em toda a Bíblia, que a moral e o carácter são as vitais manifestações do Espírito Santo no crente.
A estética (prazer, beleza, o aparente), pode ser comparada ao cavalo, que deve ser controlada, guiada pelo cavaleiro, ética (moral, fé). A vida cristã nos permite cavalgar ( Ter prazer e beleza), mas com a condição de que as rédeas estejam sempre controladas pela ética.
O apóstolo Paulo nos mostra, que mesmo sendo a ética o cavaleiro e a estética o cavalo, este costuma Ter vontade própria, arrastando o cavaleiro para onde quer sem respeitar as rédeas (pecado).

Romanos 8. 5
Os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

O que chamei acima de “vontade própria do cavalo”, é o que a Bíblia chama de “inclinação para a carne”, tendência, corruptibilidade

Romanos 8  5-13
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

Este é o sofrimento que temos enquanto nesta carne. Porquanto, habitados pelo Espírito Santo, temos acesso ao sangue remidor de Jesus que nos justifica perdoadoramente. Sofremos por habitar neste tabernáculo com tendências naturais, mas nos alegramos por Ter as rédeas nas mãos.

É por isso que o cristão jejua, vigília, consagra-se, santifica-se pelo Espírito Santo, para que o cavalo seja disciplinado e o cavaleiro fortificado. Do outro lado o ímpio fortifica o cavalo com orgias, ambição, vícios, alimentando os instintos egoístas do corpo desta morte.
Alargando este pensamento, podemos dizer que o sofrimento do ímpio nunca será estancado enquanto estiver priorizando o estético, pois o prazer e a beleza que eles tanto precisam não vêm do possuir pessoas, coisas ou fama. Ele sofre aqui, na existência física, como pobre ou rico, e sofrerá eternamente na segunda morte.

Mateus 25. 46
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Voltando ao raciocínio do capítulo passado referente a fé, o que faz o justo sofrer é o não-ter e o não–ser em plenitude. No entanto temos o consolo de estar buscando em primeiro em primeiro lugar o Reino de Deus, e assim nossas posses vão aumentando, e nosso ser se aproximando em santidade à perfeição da glória de Deus.

O apóstolo Paulo nos trás mais detalhes desta revelação:

“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor: por amor do qual, perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo, e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede da lei (humana), senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus SOFRIMENTOS, conformando-me com ele na sua morte para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos.

Não que eu tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição (ser pleno), mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”.  ( Fp. 3:8-12)

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser (plenitude).

Sabemos que, quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é”. (I Jo 3:2)

Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, sempre será doloroso para a nossa humanidade, e isso porque fomos acostumados a este mundo físico, palpável, no qual as coisas perecíveis é que são prazerosas

“Enquanto a existência estética é existencialmente prazer, a existência ética é essencialmente luta e vitória, a existência religiosa (fé) e dor, e dor não como um momento de transição, mas como acompanhamento constante”. (Kierkengaard)

Estamos atravessando o imenso deserto de santificação, preparação, e o desejo de estar logo na terra prometida, nos ergue a fé fortalecendo a caminhada. Estamos peregrinando, andando em terras estranhas, e devemos estar preparados para o imprevisto, atalhar, dar a  volta, Ter sede e fome, Ter o maná e água fresca, enfrentar inimigos, manter o rumo.

“Porque para mim, tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada a nós”. (Rm. 8:18)

Pr. Josias Damas

Um comentário:

  1. Olá

    Quero te encorajar a continuar seu trabalho atraves deste blog, que já estamos seguindo!

    Meu nome é Edinelson Lopes, sou coordenador de evangelismo do ministério Fogo para Missões, um ministério cristão de evangelismo e discipulado. Quero te convidar a conhecer o BlogFpM, e principalmente o projeto #TempodeOração, 360 dias de oração por missões.

    A internet continua sendo um excelente canal para promovermos o evangelho, mas é preciso que este trabalho seja feito no SENHOR, assim estamos à disposição para lhe servir, não apenas com nossas publicações, comentários ou lhe seguindo, mas principalmente orando, pois as pessoas que nos leem são reais, e alcançá-las só é possível no poder do Espírito.

    Esteja à vontade para nos visitar e nos seguir se desejar, seus comentários são importantes para nós

    , mas principalmente quero te encorajar a participar e promover o projeto #TempodeOração. Breve estaremos disponibilizando o Calendário de Oração 2016, venha com a gente!

    + Santidade
    + Serviço
    + Salvação

    Edinelson Lopes

    Acesse BLOG FOGO PARA MISSÕES

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...